quinta-feira, 12 de abril de 2012

PROJETO LIBRAS

Projeto LIBRAS





Na Formação do Professor: Por uma Educação Inclusiva de Qualidade














SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ-RO-2012







1. IDENTIFICAÇÃO
1.1. Título do Projeto: LIBRAS na Formação do Professor: Por uma Educação Inclusiva de Qualidade
1.2. Origem: REN/SEDUC
1.3. Público Alvo: Profissionais da Educação da Rede Estadual de São Francisco do Guaporé-RO
1.4. Carga Horária: 30h
1.5. Professora Ministrante: Clarissa de Almeida
Categoria do servidor: Docente
E-mail: rensaofrancisco@hotmail.com e rensaofrancisco@seduc.ro.gov.br

2. DADOS DO PROJETO:
2.1. OBJETIVO GERAL
Capacitar professores e profissionais da Educação para o ensino aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS nas escolas de São Francisco do Guaporé no sentido de melhorar a comunicação entre os profissionais da educação na aprendizagem e inserção do portador de deficiência auditiva na sociedade.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Proporcionar o conhecimento básico de Língua Brasileira de Sinais aos professores;
• Discutir a questão da surdez no âmbito educacional tendo em vista as políticas de inclusão e o cenário cultural, identitário e linguístico no qual estão imersas as comunidades surdas;
• Promover um espaço de discussão acerca dos processos de in/exclusão;
• Viabilizar um espaço de capacitação docente, tendo em vista a demanda criada a partir da atual política educacional brasileira;
• Desenvolver junto aos educadores o espírito de cidadania e respeito ao portador de deficiência auditiva.
2.3. JUSTIFICATIVA
O Decreto nº. 5.626, de 22 de dezembro de 2005, regulamentou a lei nº. 10.436 (abril de 2002), que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Entre outras coisas, a lei prevê a garantia do direito à educação das pessoas surdas ou com deficiência auditiva e insere a LIBRAS como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores de instituições de ensino públicas e privadas dos sistemas federal, estadual e municipal de ensino. A oportunidade de ter acesso a um idioma tão importante é benéfica tanto para os surdos quanto para os ouvintes, pois permite que a comunicação seja praticada sem barreiras, trazendo crescimento para ambos. E ter profissionais capacitados no ensino da Língua Brasileira de Sinais dentro das escolas do país é um passo fundamental em busca de um processo Educacional e de desenvolvimento pessoal muito mais significativo.
A existência de grupos sociais diferenciados é bastante refletida na exclusão educativa. As bases da educação inclusiva estão pautadas na formação do professor, contudo para a ocorrência da educação inclusiva escolar são necessários amplos debates na sociedade, para que a escola possa absorver uma educação realmente para todos. Uma destas medidas se reside na ampliação da formação do professor, inserindo na sua graduação e/ ou em cursos de aperfeiçoamento, a Educação Inclusiva. Durante muitos anos, o sujeito surdo teve seu processo educacional negado, sobre a alegação de que não possuía o domínio da oralidade e que não era suficientemente inteligente para adquirir qualquer conhecimento. Mais do que uma política de reparação, a aquisição da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS pelo professor assegura ao surdo uma educação de qualidade, pautada no respeito e valorização de sua identidade. O professor é o componente principal para a formação da educação inclusiva, pois irá viabilizar na sala de aula as condições necessárias para atender todos os alunos em suas necessidades e peculiaridades.
2.4. METODOLOGIAS
Serão desenvolvidas Oficinas Comunicativas entre os participantes e a professora mediadora, aproveitando os conhecimentos adquiridos pelos participantes e versaram sobre temas livres.
Para a realização das aulas utilizara uma metodologia de natureza essencialmente visual e todo material foi especialmente confeccionado para o curso.
Recursos utilizados:
• data show,slides, transparências, cartazes, imagens, vídeos, etc. além de oficinas, dinâmicas, atividades em grupo, exercícios corporais, priorizando a expressão facial e corporal e a aprendizagem de sinais padrões em LIBRAS.
Todo o processo será elaborado e realizado pela Coordenação Pedagógica da REN/SEDUC juntamente com a Professora mediadora.
2.5. DESENVOLVIMENTO
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS é composta de um alfabeto manual e de expressões faciais e corporais que se combinam formando algo semelhante aos fonemas e morfemas da Língua Portuguesa.
Os elementos que constituem um sinal são chamados parâmetros. Os parâmetros em LIBRAS são:
• configuração das mãos - são formas feitas nas mãos que podem utilizar o alfabeto manual ou não;
• ponto de articulação - é o lugar onde incide a mão;
• movimento que podem ter ou não;
• orientação/direcionalidade - é a direção que o movimento assume;
• e)expressão facial e corporal - são utilizados para alguns sinais (BRASIL, 1997).
Além desses conteúdos, ao longo das oficinas, apresentaremos o alfabeto, os numerais e os sinais relativos aos seguintes assuntos:
• Saudações
• Dias da semana
• Advérbios
• Noções de tempo
• Interrogações/Diálogos do cotidiano escolar
• Adjetivos
• Cores
• Material escolar
• Animais
• Substantivos concretos e abstratos
• Verbos.
2.6. CRONOGRAMA DE EXECUSSÃO
O curso será ministrado em três (03) horas diárias, sendo nove (09) horas semanais, no período de 09 a 30 de Abril do corrente ano letivo.
2.7. AVALIAÇÃO
A avaliação será elaborada juntamente com os cursistas ao término do curso através de fichas avaliativas feitas pelo professor ministrante.





2.8. BIBLIOGRAFIA
SACKS, Oliver. W, 1993. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Oliver Sacks: tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SALLES, Heloísa Maria Moreira Lima (org.). Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica /(Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos) Brasília: MEC, SEESP, 2004. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1989. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 2000.
MOANTOAN, Maria Teresa Ègler. Inclusão escolar caminhos e descaminhos, desafios e perspectivas. Ensaios Pedagógicos, Brasília, 2006.

RAMOS, Rossana. Passos para a inclusão. São Paulo: Cortez, 2006.
REGO, Tereza Cristina. Vygotsky – uma perspectiva histórico – cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1994, p.67
SKLIAR, C. Uma análise preliminar das variáveis que intervêm no Projeto de Educação Bilíngüe para os Surdos. Espaço Informativo Técnico Científico do INES, Rio de Janeiro, v. 6, p. 49-57, 1997.
THOMA, Adriana da Silva. LOPES, Maura Corcini. A invenção da surdez II: espaços e tempos de aprendizagem na educação dos surdos. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2006.